História da APJ/GOB

A Ação Paramaçônica Juvenil do Grande Oriente do Brasil – APJ/GOB é uma instituição paralela à maçonaria, destinada aos jovens, de âmbito nacional, e criada pelo Grande Oriente do Brasil.         
                      Esta paramaçônaria foi idealizada pelo Dileto Tio Adison do Amaral, que já em 1963, quando recém iniciado na maçonaria sentia a necessidade de criar uma organização de âmbito nacional que englobasse a família maçônica por inteiro. 
                           Ainda naquela época, o dileto Tio Adison procurou informar-se da possibilidade de fundar um trabalho junto à juventude brasileira, e que fosse uma instituição que abrangesse jovens de ambos os sexos, visando propiciar à maçonaria, à Nação Brasileira e às mães apoio à proteção do bem que lhes é mais precioso: os seus filhos.
                       Em 1969, o tio Adison do Amaral, após continuar na  peregrinação através dos tempos divulgando a ideia do projeto apejotista, deparou-se com algumas frustrações vez que os tios mais generosos alegavam que o tempo da APJ  ainda não havia chegado, e que tal assunto deveria amadurecer. Não obstante, o dileto  tio elaborou e tentou colher assinaturas para a apresentação do projeto de criação da APJ no Palácio Maçônico do Lavradio, no Grande Oriente do Estado do Rio de Janeiro, infelizmente o mesmo se “perdeu nos corredores”, sob a alegação de extemporaneidade. 
                          Não obstante sua luta, na época, o dileto tio não conseguiu lograr êxito em sua empreitada, tendo por principal motivo a falta de apoio dos demais maçons, ficando o sonho apejotista adormecido por alguns anos.   
                     Passados 10 anos, o tio Adison do Amaral, após ser  convidado para assumir a representação da Loja União Ordem e Progresso nº. 1.229 – Rio de Janeiro/RJ, como Deputado da Soberana Assembléia Federal Legislativa, aceitou a proposta sem, por um  instante, ter deixado o sonho da APJ se apagar, viu que aquele era o momento propício para um anteprojeto sobre a instituição.      
                    Então foi apresentado em 20 de março de 1982, na Tribuna da Soberana Assembléia Federal Legislativa do Grande Oriente do Brasil – SAFL/GOB, o anteprojeto de criação da Ação Paramaçônica Juvenil.  O projeto teve tantas assinaturas de tios Deputados que levou o Grande Secretário Adjunto da Soberana Assembléia, o tio Osmar Rodrigues de Carvalho, a dizer gentilmente: “Pare. Assim você vai aprovar o Projeto antes de apresentá-lo”.  
     
(Dileto tio Adison do Amaral)

                       O tio Adison do Amaral, em busca de concretizar o ideal apejotista e tornar a APJ realidade, agendou uma entrevista com o Soberano Grão-Mestre da época, tio Matathias Bussinger. Conforme é narrado no livro “Projeto Maçônico do Século” – o tio Matathias o recebeu com simplicidade franciscana e escutou atentamente sua exposição sobre o Plano Apejotista. Ao terminar a exposição o Soberano Grão-Mestre levantou-se, estendeu a mão ao tio Adison e disse: “Isso devia ter sido feito há duzentos anos”. 
                     Ato seguinte, o tio Matathias determinou que o Decreto fosse providenciado, porque desejava assiná-lo naquele mesmo dia. Nesta  oportunidade não havia datilógrafo presente, nem o Grande Secretário Geral Administrativo estava na Casa. Então o tio Adison do Amaral se dispôs e, ele mesmo, redigiu e datilografou o Decreto – ele não sairia dali sem uma cópia do mesmo.   
                     Assim, após uma série de discussões, às dez horas e sete minutos do dia 15 de abril de 1983, na sede do Grande Oriente do Brasil, foi assinada a Lei nº. 02. Naquele momento o sonho Apejotista havia se tornado real.  
                    Foi, assim, criada a Ação Paramaçônica Juvenil, uma instituição cívico-patriótica infanto-juvenil e de âmbito nacional. Uma instituição essencialmente educativa, filantrópica e progressista, sendo, ainda, a única paramaçônaria brasileira formada por rapazes e moças.   
                  A APJ/GOB tem como finalidade primordial proporcionar aos jovens de bons costumes, de ambos os sexos, uma vida social alternativa, a qual tem por base os influxos da moral e dos ideais maçônicos. Visando desta forma: auxiliar na formação de um cidadão com consciência crítica sobre a realidade que o cerca,  auxiliar na formação de um patriota que saiba identificar as dificuldades pelas quais passamos e tentar ao máximo superá-las, um Apejotista compromete-se a cuidar de seu país, combater os corruptos e corruptores.  
                      A Ação Paramçônica Juvenil impõe como dever maior de seus membros, o Amor à Família, o Respeito ao Próximo, a Obediência à Lei e o Fiel cumprimento das obrigações que, sem coação irresistível, tenham assumido. Sempre baseado nos valores essenciais à convivência humana, respeitando às convicções de cada um, sua dignidade pessoal e à busca incessante da verdade.    
                       Também é interessante notar que atualmente a APJ/GOB encontra-se inserida no artigo 137, da Constituição do Grande Oriente do Brasil, sob a tutela administrativa da Secretaria Geral de Entidades Paramaçônicas, possui duração ilimitada, sede no Poder Central, em Brasília – Distrito Federal, e tem como Presidente Nacional o Soberano Grão-Mestre Geral.   

  
Fonte:
AMARAL, ADISON DO. Projeto Maçônico do Século. Brasília, 2006;
Manual Apejotista, 1ª Edição, Março de 2012, pág. 7 e 8.



Diletos Amigos
                          Como forma de aprofundar os conhecimentos quanto a história da APJ/GOB recomendamos a leitura do livro Projeto Maçônico do Século, o qual foi escrito pelo dileto tio Adison do Amaral.