sexta-feira, 6 de abril de 2012

O Espírito Maçônico de Tiradentes


Comemora-se nestes dias a eclosão do movimento libertário de Minas Gerais, de 1789, e a sua aparente derrota ainda no nascedouro, mas com a vitória do grito contra o regime colonial que levou 30 anos depois da execução do líder – o Tiradentes – à Independência do Brasil. O glorioso alferes Joaquim José da Silva Xavier, o grande sacrificado, marchou para a morte com a serenidade dos que sabem o que fazem e certos da importância do seu gesto para a vitória da sua ideia ainda incipiente.
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Tiradentes desapareceu como arauto da libertação brasileira. O movimento que passou para a História com o nome de Inconfidência Mineira surgiu treze anos depois da Declaração de Independência das 13 colônias americanas, assinada por um grupo de maçons liderados pelo imortal George Washington. Tiradentes logo entendeu que os seus Irmãos deveriam repetir a façanha no Brasil, como de fato foi feito.
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Mais adiante o grande maçom Simon Bolívar e seus companheiros estremeciam o chão com suas cavalgadas pelas colônias da América Espanhola, proclamando o fim da submissão ao trono espanhol. Parecia, então, que os maçons resolveram tornar o Novo Mundo, como as Américas eram conhecidas na Europa, neste mundo de países fundados por maçons, construídos com a participação de maçons e até hoje tendo a Maçonaria como a mais fiel garantia do seu sucesso para a solução dos problemas internos e a prática de fraternais relações externas.
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Os Maçons, do início do século XIX, seguiram o exemplo dos irmãos da Grande Nação do Norte, e fundaram aqui o Império Brasileiro, decidindo acompanhar os seus passos. A Maçonaria influenciou decisivamente na Libertação dos Escravos, liderando a Campanha Abolicionista. A Sublime Instiamétuição, fiel aos maçons de toda a América, não abandonou o País fundado por seus mestres mais antigos, e, quando foi necessário, proclamou a República, e procuram protegê-la até hoje, quando desfrutamos a posição de sexta potência econômica do mundo. Os Maçons brasileiros continuam orgulhosos, atentos e dispostos ao sacrifício pela glória do País que criamos. As ideologias passam, os partidos políticos passam, mas a bandeira da Maçonaria é sempre a mesma: trabalhar pela grandeza do Brasil, acenando a legenda imortal – Liberdade, Igualdade e Fraternidade.
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Neste momento, mais uma vez proclamamos a glória de Tiradentes, principalmente quando entre jovens maçons brasileiros, começa a ser fortalecido o movimento que vem sendo conclamado com a expressão.

NÃO ABANDONAMOS
PAÍS QUE CRIAMOS.
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Marcos José da Silva
Grão-Mestre Geral

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