sexta-feira, 5 de outubro de 2012

O Compromisso Juvenil


Em julho de 2010, a APJ/GOB, com o objetivo de trabalhar pelo Brasil, realizou em frente ao Congresso Nacional um dos maiores Elos da Fraternidade já vivenciados pela grande maioria dos presentes: o I Manifesto da Juventude Apejotista, cujo tema era “Revolução pela Educação”. Este acontecimento marcou a vida dos 800 elos infantis e juvenis representantes das cinco regiões brasileiras, que carregaram durante toda a manifestação as sementes do nosso ideal.
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Na oportunidade, nós, apejotistas, abrimos um importante canal de diálogo sobre os problemas que assolam a sociedade brasileira. Desafiamo-nos a revitalizar aforça dos jovens estadistas espalhados por todo território nacional; e pintamos os rostos de verde e amarelo simbolizando o processo de unificação do nosso movimento através da Causa Nacional Apejotista. Esta causa é espelhada na busca histórica da família maçônica do Grande Oriente do Brasil em fazer parte de transformações essenciais para a conquista da consciência plena dos cidadãos brasileiros.
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Tendo em vista que a educação tornou-se o desafio da próxima década, pois somente ela possibilita a criação de pontes para um mundo digno; a transformação ocorre, paulatinamente, na medida em que as pessoas enxergam a importância de um processo educacional que promova diálogos criativos e responsáveis, que permitam a valorização do amor e do respeito. Uma Educação baseada no respeito ao outro ea natureza, no amorao Planeta e ao Universo.
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Não bastasse a grandeza do espírito que guia nossas ações, incorporamos o segundo tema da Causa Nacional: “Sustentabilidade começa em casa”. A escolha deste tema pelos apejotistas mostra a preocupação da comunidade apejotista não só com o país, mas com o mundo. Nesse sentido, nos próximos dois anos, os Núcleos Alfa deverão realizar ações que visem relacionar a grandeza dos rumos educacionais com uma sociedade amparada em pilares sustentáveis.
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Em 1987, a Comissão Mundial de Desenvolvimento e Ambiente das Nações Unidas, frente às transformações provocadas pelos seres humanos desenvolveu o conceito de “Desenvolvimento Sustentável” (DS), o qual foi ratificado por 147 nações na realização do Rio92. O surgimento deste conceito provocou a mobilização de lideranças políticas, sociais, econômicas e técnicas; gestores e cientistas, na tentativa de compreender as implicações das inovações e o que suas aplicações na prática demandam para a humanidade e para o planeta Terra.
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O desenvolvimento sustentável trouxe a tona uma série de discussões pertinentes à construção coletiva do futuro que queremos. Trilhar um caminho provido de grandeza racional e espiritual é dever de todos. Envolver as crianças e os jovens com essa temática significa desperta-los para a necessidade do respeito e cuidado com a água; da promoção da educação para a cidadania em todos os níveis; da criação de uma identidade cultural para o planejamento e a gestão do território; da ampliação dos projetos de pesquisa que envolvam iniciativas sustentáveis; do desenvolvimento de  um sistema econômico que valorize os bens comuns e não mercantilize a natureza; e do aumento estratégico e qualitativo daparticipação social na gestão deste bens comuns.
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A composição do conceito de “Desenvolvimento Sustentável” é circunscrita ao entrelaçamento e a particularidade de duas éticas diretas: Ética da Solidariedade e Ética da Sustentabilidade¹. O entrelaçamento dessas éticas possibilita a apreensão de uma terceira ética: a Ética da Cooperação. Ressalta-se que a utilização do termo ética é a apreensão das emoções sentidas pelas pessoas ao inter-agir com bases nos conceitos de solidariedade, sustentabilidade e cooperação.
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O caminho da nova etapa da Causa Nacional, a ser seguido pelos Núcleos Alfas Apejotistas, deve considerar os limites e as possibilidades do conceito de Desenvolvimento Sustentável. Assim como, a realização de um trabalho que tenha por objetivo primordial a CO-OPERAR-AÇÃO: a ação de operar em conjunto². Conforme o princípio que rege os trabalhos apejotistas: “Não corrente mais forte do que seu elo mais fraco”.
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Não se trata de uma limpeza do mundo, de suas toxinas e de seus excessos, mas sim de atos contínuos de ação-reflexão-ação, na qual todos cooperem, trabalhem em conjunto, com o compromisso com as nossas gerações futuras.
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É necessário incentivar toda a Comunidade Apejotista vivera cooperação Inter geracional; a inovação; a criatividade; a abraçar os valores da sustentabilidade; a equidade, a justiça e o respeito aos direitos humanos; e reconhecer que os recursos materiais são finitos, mas o potencial humano não.
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É necessário um acordo planetário que visa à consciência plena de todos os seres humanos, a união dos diferentes através do amor, em prol dos bens comuns e sagrados.
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Não se podem ceifar os sonhos juvenis, eles têm o poder de mudar o mundo!
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Saudações Fraternais Apejotistas,
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Brasília, 01 de outubro de 2012.
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Comissão Consultiva da APJ/GOB

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¹SILVA, Daniel José da Silva (Org) Demandas Civilizatórias do Processo de Facilitação da Sociedade Civil Catarinense à Rio+20. UFSC: Florianópolis, 2012. Referência Documento Final.
²COMITÊ FACILITADOR DA SOCIEDADE CIVIL CATARINENSE. As três éticas do conceito de Desenvolvimento Sustentável, p. 25.

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